segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Resumo - Adriano

VIGARELLO, Georges. A invenção da ginástica no século XIX: movimentos novos, corpos novos. In: Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v.25, n.1, p.9-20, set. 2003.

A maneira pela qual Clias, diretor do ginásio de Berna, evoca, em 1815, os resultados obtidos por um dos seus alunos ilustra, em poucas palavras, a nova visão do corpo. Decorre daí suas conclusões após os aprendizados do Duque de Bordeaux, que freqüentava o ginásio no início dos anos de 1830: “O progresso das forças é extraordinário! Sua soma total é mais do que duplicada. “Apesar da interrupção dos exercícios devido ao mau tempo, e apesar de sua alteza real ter seguido somente quarenta e seis aulas” (Amoros, p. 327). O dinamômetro vai ganhando prestígio, e por volta do início do ano de 1830 se difunde para além das fronteiras do ginásio. Penetra nas feiras das províncias, nos jogos dos campos, aventura-se por debaixo das lonas dos circos itinerantes, armados nos corações das cidades. Imagem fluída também, pois o papel da respiração é mais acentuado do que explorado. A verdadeira novidade nesse início de século consiste na análise do movimento: o cálculo das forças produzidas, assim como o cálculo das velocidades e dos tempos. Em outras palavras, essa ginástica do século XIX explora “o movimento parcial”, aquele cuja mobilidade se limita a uma única articulação óssea: extensão da perna ou do braço, circundução do ombro ou dos quadris, inclinação da cabeça ou do tronco. As mãos do operário ou do artesão, bastantes presentes nas pranchas da “Encyclopédie” de Diderot na metade do século XVIII, os dedos ágeis que ocupam uma parte do quadro para acentuar a habilidade dos gestos, apagam-se na Encyclopédie moderne (Enciclopédia moderna) de Courtin, em 1823. O trabalho mecânico começa a prevalecer em relação ao trabalho de habilidade. O conjunto dos registros corporais oscila, favorecendo movimentos geométricos explicitamente orquestrados, rigorosamente medidos e precisos. O programa da ginástica dos anos de 1820 compreende, em paralelo, tanto conteúdos militares ou medicinais, quanto uma “ginástica civil e industrial” (Amoros, 1834, p. 10). A forma dos movimentos retesados, o sentido dado à direção das roldanas, a inclinação imposta à posição dos pés, a linha do quadril e o modo de colocar os braços são modificados de acordo com as solicitações para melhor finalizar e diferenciar os exercícios úteis. Sem dúvida um empreendimento modesto, todavia mostra melhor do que outros a revisão total e possível na organização dos exercícios e dos movimentos do corpo. A Lei Falloux de 1850 torna possível, mas não obrigatório, o ensino do “canto” e da “ginástica” nas escolas primárias.


Resumo - Ana Paula

VIGARELLO, Georges. A invenção da ginástica no século XIX: movimentos novos, corpos novos. In: Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v.25, n.1, p.9-20, set. 2003.

O texto relata o surgimento de uma ginástica renovadora com novas perspectivas e descobertas que revigoraram dos exercícios físicos e consequentemente do corpo. Essa direção renovadora se deu em 1810 e 1820 com inauguração de vários ginásios localizados em Londres, Berlin paris entre outros. Essa renovação se caracteriza pela ação singular na medição calculável dos produtores de força, entretanto inicialmente sua repercussão e aceitação eram sutis e moderadas. Em 1815 ilustradamente Clias, diretor de um ginásio localizado em Berna, foi a partir dos resultados de um aluno que ele afirmou que o corpo obtém uma nova concepção. Neste mesmo contexto surgi à invenção do dinamômetro que possibilitava avaliar em unidades de quilogramas as forças exercidas ao instrumento a partir disto transpor esse numero em potencia muscular, este instrumento se difundiu alem das restrições dos ginásios. Toda essa renovação permitia a introdução das analises voltadas aos cálculos de força, velocidade tempo entre outros integrados aos movimentos. A proporção desta nova perspectiva, que seria implantada no uso cotidiano de dicionários enciclopédias e outros porem foi embargada no dia 21 de janeiro por ”demonstrarem espírito de desordem”. Entretanto não se limitou em demonstrar os benefícios que esta poderia proporcionar a sociedade.



Resumo - Bianca

VIGARELLO, Georges. A invenção da ginástica no século XIX: movimentos novos, corpos novos. In: Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v.25, n.1, p.9-20, set. 2003.

O artigo trata-se de uma inovação no século XIX, a ginástica, seus significados, conceitos, aplicações, invenções e sua lenta difusão pela Europa. Os movimentos agora eram medidos e contabilizados para que possa comparar resultados ao longo do tempo e aperfeiçoar as capacidades corporais, tornando-se possível através do dinamômetro, um instrumento que disponibilizava a potência dos músculos, tornando um de seus conceitos a imagem de um corpo similar a um motor e a grande novidade que surge com ela, a análise do movimento, onde calcula-se força, velocidade e tempo produzidos, tudo isso por uma eficácia do corpo. A ginástica passou também a recompor exercícios, utilizando-se de movimentos elementares, se tornando um programa interminável de aprendizagens, portanto uma nova disciplina no universo pedagógico, sendo adaptado ao espaço escolar e beneficiando as atividades de grupo e exercícios coletivos, tendo ainda a “ginástica ortopédica”, onde pretendia corrigir curvaturas errôneas do corpo. Tendo assim um grande impacto social produzindo textos com temas relacionados à ginástica nas enciclopédias, nos livros, dicionários com acesso no cotidiano, tornando-se em 1836, obrigatória pelo regulamento militar, porém na prática a realidade foi outra, sobretudo ocorre uma mudança de visão, idealizando um trabalho físico em conjunto e seus benefícios visíveis, passando então possível o ensino do “canto” e da “ginástica” nas escolas primárias com equipamentos leves e exercícios ordenados.